domingo, 29 de julho de 2007

Domingo...

Hoje, domingo, acordei ressaquiado, e olha que não tomei nenhuma bebida alcoólica, pelo menos que me lembre, depois de tantas e estranhas notícias da semana que graças a buda, Javé, Deus, os Orixás e seus exus acabou, não quero dizer com isso que elas tenham que ser óbvias, mas o que aconteceu nos últimos dias, extrapolou todos os limites, aconteceu de tudo! Ufa! Sei que ano que vem tem olímpiadas, mas por ora, estamos livres dos berros ensurdecedores dos Galvões Buenos e seus asseclas que assolam o país. Na lógica da semana dos seis dias de trabalho, domingo seria o dia de descanso, claro que isso a cada dia que passa, e com a necessidade de se ampliar o consumo, o domingo passou a ser um excelente dia para ir ao Shopping, quem trabalha lá e aqueles que não têm dinheiro para comprar não pensam assim, é claro! Em linhas gerais e negando tudo o que gira em torno, o domingo se transformou num dia de trabalho! São mil atividades planejadas, tais como: cinema, futebol, churrasco e outras, além dos indefectíveis Gugu e Faustão, definitivamente, não há descanso no domingo! Na verdade, tentamos viver "tudo ao mesmo tempo", como diria uma antiga banda de rock decadente, já que amanhã é segunda-feira!
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A banda, não acidentalmente, também tem uma canção chamada "domingo", porém, no tempo da canção, não havia nada para fazer no domingo, com isso desejava que o domingo passasse o mais rápido possível, para se livrar mais que depressa do mais que monótono sorriso insulso do Sílvio Santos!
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Mas voltando à ressaca, diríamos que há dois significado para ela; primeiro, porque estamos todos saindo de uma overdose esportiva do cacete, rapaz, nem sei como saímos sem sequelas, sem contar que neste ínterim, ainda tivemos a explosão de avião e deixamos Renan Calheiros em "stand by"; segundo, quando falei aqui sobre o esporte de rendimento em Cuba, não imaginei, em nenhum momento, que chegaríamos ao cúmulo, isso mesmo, cúmulo de ver, em rede nacional, toda uma delegação correndo, sim, correndo desesperadamente, porque houve a suspeita de que poderia acontecer uma possível "deserção" em massa da delegação cubana! Seria isso verdade? O maratonista Norbert Gutierrez negou a versão, afirmando ser patriota e Fidel Castro seu lider! Sendo verdade ou não, todos sabemos que o considerado "esporte amador" nada mais tem de amador, insistir nesta farsa é acreditar em histórias da carochinha, é pensar que as crianças de hoje ainda não sabem de onde saem os bebês!
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Cuba vivendo cercada pelo bloqueio perverso comandado pelos EUA e aceito silenciosamente por muitos países latinos americanos, não pode e não deve perpetuar essa doce ilusão de que o esporte de alto rendimento educa e faz um patriota, faz um socialista! Os fatos mostram o grande equívoco que isso representa! Continuar insistindo nisso é gastar recursos que poderiam ser canalizados para outros setores. Caso não queira continuar correndo para evitar futuras e prováveis deserções, a saída é colocar esses atletas para cortar cana, para trabalhar na lavoura, o esporte deve ser apenas, aqui no caso, para a educação e lazer. Pelo o que vimos, qual o significado real de uma medalha olímpica para os atletas? Dizendo de outra forma: o que ganha o socialismo Cubano com a medalha de ouro? A resposta já foi dada por Rigondeaux, Lara, Capote e Ramirez, os que "sumiram" nestes jogos! O que houve no Brasil leva a acreditar que em Pequim, a possibilidade de se repetir o que ocorreu por essas bandas, cresce para além do infinito, não precisa ser profeta ou vidente para saber! Mas deixemos de lado o "stress", hoje é domingo, não é dia se de pensar nessas coisas, então, ouçamos o que dizem os Titãs: "e antes que eu confunda o domingo, antes que eu confunda o domingo, o domingo com a segunda, domingo eu quero ver, o domingo passar, domingo eu quero ver, o domingo acabar"...

Um comentário:

Lauro Xavier Neto disse...

eu "também passei por aqui"!!! Escutei o Máuri falando sobre essa história de Cuba e suas medalhas (uma contradição)! A merda é que essa "mídia" capitalista não explica/fala nada sobre o embargo. Meus alunos adolescentes, parte deles se assumem capitalistas, não conseguem enxergar o porquê das deserções. Me permita a digressão, minha mãe prefere insosso à insulso! Valeu Mano Brown! Grande abraço e força sempre!