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O problema foi resolvido, não por um amigo ou conhecido, muito pelo contrário! Quem deu a solução para o inconveniente foi uma estranha. Coisa esquisita essa dependência de afetividade, não? Esse negócio de construir amizades não passa de um sonho egoísta e utópico, estamos todos sós em nossos mundinhos cor de rosa e nos ajudamos quando isso nos é conveniente, inconsciente ou conscientemente. Geralmente quando podemos tirar algum proveito da situação, porque o que queremos, no fundo no fundo, é a gratidão do outro, nada mais que isso; pensar diferente é acreditar nas histórias dos Irmãos Grimm! Estamos todos solitários como galhos em dias de chuva no meio da enxurrada, como estes nos embarramos em outros galhos que vão passando à nossa volta, nada mais que isso! Mas não é ruim que seja assim, muito pelo contrário, Isso é muito bom, assim as decepções ou traições deixam de existir, elas não acontecem! Tenhamos em mente que as pessoas se aproximam de nós quando querem alguma coisa, quando esperam obter algum ganho, algum lucro (que pode ser amor, afeição, respeito ou dinheiro mesmo!) é como se as relações do modo de produção capitalista estivessem no "sangue" de cada um! Quem melhor definiu isso foi o filósofo alemão Nietzsche, disse ele que a vida não tinha sentido algum, fazendo uma analogia grosseira, diríamos que as amizades se resumem a isso, uma coisa sem sentido algum; o negócio é deixar de ser urubu e se transformar em João de Barro: a propriedade privada é o que rege as nossas vidas, todo o resto não passa de hipocrisia...
Um comentário:
Oi Mano, abri teu blog a procura de algum texto sobre o Che, nesta data de lembranças tão tristes e me deparei com um texto niilista e tristonho. Por que o Che é tão importante para nós? Pelos sentimentos altruístas, pela humanidade, pelo amor à causa. Isso deveria ser o normal, mas o que o faz do Che essa figura imprescindível (Brecht) deveria ser algo normal nas pessoas, o que infelizmente, no capitalismo, não é possível. Já tivemos a capacidade de nos decepcionar (um com o outro) e conseguimos superar esse sentimento. "Não existe beleza na miséria!" - "Vamos tentar outro caminho?". Mais Che (e Marx) é o que desejamos, menos Nietzsche e seu niilismo... força sempre! Lauro
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