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Tudo isso porque conversava informalmente com um professor e, nem era tema da conversa, inopinadamente, terminamos chegando ao AVCH. Fora assunto de debate em sala, dissera. Na discussão, alguns estudantes argumentaram sobre as possíveis seqüelas e quase sem querer, fui citado, por uma questão muito óbvia: o acidente vascular cerebral hemorrágico não tinha deixado nenhuma seqüela, pelo menos "aparentemente", em mim! O fato é que, por mais que tente, sempre fico meio sem graça quando o assunto é ter passado incólume pelo AVCH, sim, porque as explicações caminham ou para a mais pura racionalidade, e aí a ciência vai explicar as causas e razões de ter sido o "escolhido" e porque consegui sobreviver entre os quinze milhões de casos que a estatística anuncia a cada ano no mundo! Já disse aqui, desses, cinco milhões morrem, outros cinco sofrem danos, às vezes, irreversíveis e o restante escapa ileso! Estar entre os que escaparam, sem seqüela alguma, leva as pessoas a entender como um milagre, aí deixamos de lado os parâmetros científicos e entramos no terreno metafísico!
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Na realidade, houve elementos que permitiram todas as conclusões possíveis! A ciência não conseguiu afirmar com todas as letras a razão da cura, porque algumas coisas não se encaixavam, isso deixou "brechas" para outras interpretações devido à gravidade da situação! Quem me conhece sabe o que penso sobre essas coisas, embora fosse mais convicto antes de ter passado pelo que passei e não serei cínico agora que posso digitar essas linhas, longe do que sofri, e dizer peremptoriamente que fui salvo por isso ou por aquilo, porém tem uma coisa que até hoje não consegui explicar, a ciência explica: ter ficado por seis dias na mais completa escuridão para mim, mas para os outros, não! Soube depois que era um falante, conversava com as pessoas, queria saber o que tinha havido comigo! A realidade nua e crua era que eu estava em "lugar nenhum" e não sabia disso! Nada sentia, nada ouvia. O que explica isso? A ciência diz que como a dor é/era insuportável, há um bloqueio, o cérebro manda um "comando" e "desligamos". Na realidade, o bloqueio é tão grande que não percebemos nem a vida! Essas coisas todas "vividas" alteraram, substancialmente, a minha percepção da morte! Há momentos que me pergunto onde estava a minha consciência naqueles dias e fico tentando entender qual a relação daquilo tudo com a minha existência. Há duas direções para o raciocínio. Neste momento, voltamos à questão do shakespeare, posta lá no início: não é possível encontrar todas as respostas para as perguntas que a vida vai nos formulando, temos que nos contentar com algumas lacunas, embora isso nos provoque uma angústia incomensurável...
3 comentários:
Sinceramente não sei se um dia a ciencia terá explicação para esse fato. O que acho de importante é saber que tudo isso aconteceu, que vc escapou ileso e que eu estava contigo em todos os momentos.
Te amo pretinho...
Sinceramente não sei se um dia a ciencia terá explicação para esse fato. O que acho de importante é saber que tudo isso aconteceu, que vc escapou ileso e que eu estava contigo em todos os momentos.
Te amo pretinho...
Sinceramente não sei se um dia a ciencia terá explicação para esse fato. O que acho de importante é saber que tudo isso aconteceu, que vc escapou ileso e que eu estava contigo em todos os momentos.
Te amo pretinho...
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