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Por outro lado, o paranaense Jadel Gregório também é de origem humilde; foi sorveteiro para sobreviver, até que um teste o levou a São Paulo, onde passou a treinar no Projeto Futuro, no Ibirapuera. No começo, sua prova era o salto em altura, mas, a conselho de dois técnicos, mudou para o salto triplo. Neste ínterim, por amor, se converteu a islamismo e passou a treinar na Inglaterra, a partir de dezembro de 2005, com Peter Stanley, ex-técnico do atual recordista mundial do salto triplo, Jonathan Edwards que já não compete mais, mas que tem a marca considerável de 18,29 m!
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Por outro lado, o paranaense Jadel Gregório também é de origem humilde; foi sorveteiro para sobreviver, até que um teste o levou a São Paulo, onde passou a treinar no Projeto Futuro, no Ibirapuera. No começo, sua prova era o salto em altura, mas, a conselho de dois técnicos, mudou para o salto triplo. Neste ínterim, por amor, se converteu a islamismo e passou a treinar na Inglaterra, a partir de dezembro de 2005, com Peter Stanley, ex-técnico do atual recordista mundial do salto triplo, Jonathan Edwards que já não compete mais, mas que tem a marca considerável de 18,29 m!
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O atletismo parece ser o esporte do pobre e, por consequência, dos negros, assim como grande parte das categorias do boxe; talvez não haja necessidade de se explicar a razão dessa preferência, por motivos óbvios. Enquanto esportes como a natação, o tênis, o iatismo e a equitação têm um público, ou classe, que pode comprar os caros equipamentos para a sua prática, no caso da natação ainda é preciso mão de obra especializada para a manutenção das piscinas, enquanto as modalidades do atletismo não exigem grandes investimentos! Em tese, a prática possibilita que a camada menos favorecida possa dele se apropriar. Para entender isso, não é preciso recorrer ao Teorema de Pitágoras e sair calculando os catetos nem a hipotenusa! É simples de se perceber, João e Jadel são exemplos concretos, pobres e pretos que encontraram no atletismo a válvula de escape para a ascensão social! João se tornou recordista mundial e deputado; Jadel se converteu ao islamismo, mudou de nome, casou e foi morar na Inglaterra!
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No grande "circo esportivo", a marca superada por Jadel Gregório, hoje com quase 27 anos, foi feita por João Carlos aos 21 anos! Os fisiologistas dizem que Jadel Gregório encontrou mais dificuldade por ter batido o recorde no nível do mar, enquanto João fez sua marca na altitude do México; O que ninguém disse é que em junho de 1990, portanto há 17 anos, o russo Vladimir Inozemtsev cravou a marca de 17,90 m; Somado a tudo isso, Jonathan Edwards estabeleceu a marca de 18,29 m, em agosto de 1995! Não se está dizendo que o feito de Jadel não seja importante, mas é necessário que se diga que dentro do quadro atual em que o salto triplo se encontra, a comemoração bem que poderia ser mais comedida, mais discreta; João trouxe algo novo quando saltou os 17,89 m, estabeleceu uma marca considerável, independentemente da altitude, ele não competiu sozinho. Com todo o desenvolvimento tecnológico, reparem que Jadel é uma montanha de músculos, enquanto que João era "ossos que voavam", sua marca só foi superada, por outro brasileiro, quase 32 anos depois...Mas talvez para amenizar o constrangimento do recorde batido, Jadel já anunciou que a próxima meta será bater os 18,29 m, que já duram 12 anos, para isso tem uma grande arma que é seu pé grande! O que ele não disse, mas subrepticiamente está dito, é que ele tem o técnico do dono do recorde, logo, usando o silogismo tão comum nestes casos, ele será o próximo; Hegel disse certa vez que todos os fatos e personagens de grande importância na história universal ocorrem duas vezes, no que Marx completou: "a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa". No "grande circo" que é o evento esportivo, perguntamos: "hoje tem espetáculo", responde o palhaço, "tem, sim, senhor!"
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