quarta-feira, 15 de julho de 2009

Um poema interrompido...

Acordei e ao meu lado nada mais nada menos que Ela, sim, minha musa inspiradora, a mulher dos meus sonhos, impregnando de luminosidade a penumbra do meu quarto, devorando-me! Quase que imediatamente os desejos se ampliaram ao infinito com aquela silhueta estonteante! Não tinha a menor idéia como isso fora acontecer! Estranho, justamente porque já fazia algum tempo que não a via! Por isso, perguntava-me como era possível tê-la, naquele instante, inteiramente entregue às minhas carícias mais ousadas, oh, que delícia, ali, tudo era permitido e, o que era mais gostoso, sem pudor algum! Seria mais um dos meus delírios? Aquilo realmente estava acontecendo ou era apenas um sonho? Será que era o resultado da bebida da noite anterior? Mas, espera aí, ela nem bebia e nem gostava de bêbados, o que descartava a hipótese da embriaguez, na realidade, não poderia ter ingerido qualquer tipo de bebida, pois não havia nenhun sinal de ressaca. Não restava dúvida que, à minha frente, havia um caso raro de se explicar, pois, pelo que bem sabia, já havíamos terminado aquela relação há bastante tempo! Não, não existia nenhuma possibilidade de termos reatado, não havia mais clima para isso, porém ali estava Ela e, o que era melhor, completamente nua! Fitei seus olhos e percebi que havia algo indecente naquele olhar, cercado por uma luminosidade só encontrada na beleza cristalina dos diamantes, era impossível não se deslumbrar com aquela raridade! Minha paixão por olhos emergiu, para mim, o primeiro impulso surge a partir desse lugar mágico que transborda luz, desejo, necessidade, vontade, naquele momento: sexo! E aqui no caso, os olhos Dela eram o meu fascínio! A voz soava como algo mágico bem no fundo dos meus ouvidos! Os cabelos numa cor que não consigo definir, constrastando com a pele aveludada, coberta por pelos quase invisíveis que me excitavam sobremaneira! Não pude resistir à chama e volúpia tão intensas e me deixei levar por aquele turbilhão, ah, nossos corpos transcenderam aos limites do prazer! Prazer vivido sob a luz dos olhos dela, olhos que são tão lindos como o luar que corta as pedras que circundam a cidade de Jequié...

2 comentários:

Anônimo disse...

Eis que o poeta falou: "respeitem a liberdade poética",rsrsrsrsrs

Welington Silva disse...

Cara, que lindo!!! Espero muito que isso não tenha sido única e exclusivamente licença poética, mas pura poesia, mesmo!!!
Cheguei ao atrevimento de imaginar quem tenha sido...rsrsrs
Bjs, amigo.