quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Cenas Soteropolitanas...

Existem coisas que só "acontecem" na Bahia! Não estou querendo dizer com isso que aqui é melhor ou pior que em outros lugares, mas que causariam estranheza ou incomodo, em outras paragens, isso é certo! Fico imaginando como um pedestre de Floripa "sobreviveria" no transito soteropolitano! Nesse dia, aconteceram alguns "incidentes" dignos de nota, são cenas que os soteropolitanos interpretam a cada segundo dos seus dias, a cada hora de suas existencias que surpreendem ao mais incrédulo dos mortais!
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Cena um - Cidadão comum pára seu carro numa das ruas mais movimentadas do Comércio, centro financeiro da cidade, abre a mala, lá está colocada uma quantidade enorme de panetones, não me perguntem a marca, e começa a negociar como se estivesse num supermercado ou quitanda, ou seja, em lugar propício para a venda de alimentos! Fiquei intrigado, seria possível comercializar alimentos naquele espaço? O mais estranho é que ali perto, uma viatura da polícia não tomava conhecimento do que ocorria. Pensei, cá com os meus botões, se não seria a vigilancia sanitária a mais indicada para dirigir aquela cena,será que estou correto?
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Cena dois - Existem cidades em que a venda de dvd e congeneres, pelos ambulantes, é cercada de todo um ritual para que a polícia não veja. Em Floripa, por exemplo, há anúncio do "produto", mas ele só aparece caso o cliente resolva comprá-lo, isto é, os caras ficam anunciando, às vezes, bem perto de voce para evitar qualquer "suspeita" dos órgãos de repressão! A primeira vez que isso aconteceu, achei estranho, pensei até que era brincadeira! Entrementes, em Salvador, os títulos além de ficarem à mostra, à escolha do fregues, são espalhados, em alguns momentos, na via pública, numa privatização acintosa da calçada!
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Cena tres - Essa talvez tenha sido a que mais me assustou! Na verdade, fiquei entre surpreso, boquiaberto e preocupado! Aliás, é preciso que se diga, já tinha visto coisa parecida quando cheguei em Jequié, nos fins da década de 1990! Na ocasião, bastavam os professores dizer que eram da Adusb, a associação dos docentes da universidade, que os comerciantes saiam vendendo tudo! Era estranho para alguém que vinha da capital, vivenciar coisas daquele tipo! Não exigiam nada que comprovasse que o sujeito estava dizendo a verdade, na realidade, coisas de cidade do interior, onde todo mundo se conhece! A cena contemporanea aconteceu no caixa do banco do Brasil. Fui pagar um boleto com o cartão de débito/crédito e fiquei esperando o funcionário me pedir um documento qualquer de identidade, como é comum, que confirmasse que eu era eu, ora! Como nada aconteceu, perguntei: "não quer nenhum documento comprobatório?" Para minha surpresa ele me saiu com essa pérola: "não precisa, eu sei que você é você!" Fala a verdade, não parece brincadeira? Sei, dá a impressão que estou inventando para que essas bem traçadas linhas tenham alguma graça, não é? Certa feita, Waly Solomão, poeta baiano, disse: "não é fácil viver entre os insanos." Digo eu, neste momento: como é difícil entender esse jeito soteropolitano de ser...

4 comentários:

Lauro Xavier Neto disse...

Mano, cadê você? Aguardo contato,
saudações,
Lauro

Manoel Gomes disse...

Oh, meu camarada, Manuela ficou de se organizar, de qualquer forma o acerto foi para o dia 26/12, estou em Jequié...

Anônimo disse...

Eu sei que você é você é ótimo, rs,rs.
Outra dessa só vamos ouvir falar daqui a uns 10 anos e olhe lá.

Um grande abraço.
Te amo meu camarada.

Jonatan disse...

é baêa, é baêa
aliás...
estamos na Bahia!

vive atualmente uma situação dessas!

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dalhe gomees!