Falando de tradição, no sentido estrito, vejo hoje se repetir aquilo que via quando criança. Na busca desenfreada das Escolas de Samba de São Paulo em se "igualarem" com as do Rio de Janeiro, mermão, copiaram tudo, até o locutor que apresenta os resultados tem o timbre de voz "igual" ao dos cariocas! Isso, sim, é que é pirataria! Se a Liga das Escolas do Rio de Janeiro quisesse poderia acusar as escolas paulistas de "genéricas"! Há uma tentativa explícita de parecer com o original carioca que chega a doer, é imitação em todos os quesitos! Para se ter uma idéia da coisa, é o mesmo que pegar o carnaval "anárquico" de Salvador ou o Frevo de Recife e transpor para outro lugar, fica sem graça, perde totalmente o sentido! O lugar é fundamental para esses eventos, quando transpostos perdem em qualidade, enquanto produto cultural, tornam-se arremedos! Quem deve gostar disso é o turista, pode ver a "mesma" coisa seguidamente! As escolas paulistas servem como "abre-alas"! Os paulistas fazem a partida preliminar, usando o jargão esportivo! Contudo, como a televisão transmite os dois desfiles, os paulistas já assumiram que o deles é de segunda categoria mesmo e, escancaradamente, se submetem a fazer o carnaval fora de tempo e de contexto, contanto que tenha o glamour dos cariocas e eles possam gritar, como o Neguinho da Beija-Flor: "Olha a Vai-Vai aí, gente!"...
“Não nasci marcado para ser um professor assim (como sou). Vim me tornando desta forma no corpo das tramas, na reflexão sobre a ação, na observação atenta a outras práticas, na leitura persistente e crítica. Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos, na prática social de que tomamos parte." Paulo Freire
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Que me perdoem os paulistas...
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Um comentário:
Rapaz, você precisa ver como é o carnaval aqui, no Sul! kkkkkk Também tem escola de samba, viu? Duas, me parece! kkkkkkkkk
Beijos
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