terça-feira, 29 de maio de 2012

Sem preconceito...

Hoje fiquei perplexo com o cidadão responsável por amolar tesouras e afins, numa lojinha próxima à UESB. Calma que vou explicar. Saí de casa lá pelas 8:40, com o intuito de passar no amolador de tesouras, já que minha tesourinha necessitava dos seus serviços, qual não foi a minha surpresa quando o sujeito me saiu com essa: "bem, posso te entregar no dia 08 de junho!?" Nada mais, nada menos que 11 dias para amolar um artefato cujo tamanho não chegava a mais cinco centímetros! Estupefato, perguntei: quando? E ele, sem nenhuma cerimônia, repetiu: 08 de junho, mas se você quiser, venha amanhã cedo que te coloco na fila de espera!? Fila de espera para amolar tesoura e ainda tinha que chegar cedo? Não, aquilo era brincadeira, não podia ser verdade! Não pense você que está lendo isso agora que estou inventando a situação, isso aconteceu exatamente neste ano da graça de 2012, para ser mais preciso, hoje pela manhã. 
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Claro que pensei que o cara estava brincando, afinal, uma tesourinha não deve levar mais que cinco minutos para ser amolada. Contudo, sem fazer qualquer questão, o sujeito me deixou falando com os meus botões e foi fazer coisa mais importante. Mais que petulante, não estaria hipervalorizando seu ofício, aliás, seria amolador de tesouras e alicates um ofício? Sem preconceito, mas o cara estava me sacaneando, só podia ser. Não, era verdade. Em conversa com alguém que conhecia o indivíduo, descobri que o dito cujo tinha uma clientela exemplar, imensa o que lhe permitia esnobar alguns clientes da minha envergadura. Mesmo assim, minha tesoura já está amolada, como há/havia outro amolador na redondeza, recorri aos seus serviços, não levando mais que cinco minutos para realizar a tarefa, pois é, isso provavelmente só acontece na Bahia...

4 comentários:

Welington Silva disse...

Na Bahia não, em Jequié!!! Cara, que situação mais inusitada. E ainda dizem que as profissões mais antigas (ou ofício) estão em queda...pelo menos em Jequié isso não é verdade. Abraço meu amigo e mais sorte da próxima vez.

Manoel Gomes disse...

Em Jequié, não é?rs Vou contar mais uma, vivida aí em Salvador, para ser mais preciso, no Itaigara...peguei o coletivo,na hora que fui pagar, tocou o celular do cobrador,pode acreditar, ele virou para o lado e ficou conversando, enquanto eu e mais alguns ficamos esperando o papo acabar, diga-me: isso só acontece na Bahia ou não?rsrsrs

Anônimo disse...

Esse amolador deve ser oriundo da Brejal rs,rs,rs.
Sua filha e eu merecemos o "INEFÁVEL".

Manoel Gomes disse...

Oh, anônimo, não foi por causa de sua pressão, viu?...