quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sangues de pacto...

Quando tua voz, pela vez primeira, se encontrou com minha membrana timpânica (não era a minha que querias ouvir), não imaginei que isso me faria frágil como um pescador frente a um tsunami! No momento precioso em que as ondas dos teus olhos se arremeteram furiosamente sobre pupilas minhas indefesas, um turbilhão de desejos inconfessáveis afundaram meu corpo, mas houve apenas um leve roçar de lábios! Tragado pela volúpia dos teus "olhos de gueixa", meu coração disparou e meu sangue em chamas quis desesperadamente encontrar o teu! "Fura o dedo faz um pacto comigo", tu repetiras o que Adriana já dissera; concordei e, em grandes ondas, lágrimas transbordaram de ti, sequiosamente bebi as águas da menina-dos-olhos, olhos de menina, cor de avelã, e sob o luar se espraiando sobre o manto desnudo do céu embebido de estrelas, casamo-nos...

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