quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mendigos e/ou moradores de rua...


Sempre sonhou em ter uma casa aprazível, que fosse grande e arborizada, para isso estudou muito. Tornou-se economista e, para completar a sua trajetória vitoriosa, fez carreira no Banco Central do Brasil. Vemos, aí, a recompensa por ter feito tanto esforço. Ganhou o suficiente para realizar o sonho de todos aqueles que (sobre) vivem sob o modo de produção capitalista: a casa própria! J.C. Filho, o "herói" dessa história, tinha mais que comemorar esse feito, ora se tinha! Resolvera dar uma grande festa e convidar as pessoas mais queridas e mais importantes, entre aquelas que faziam parte do seu círculo de amizades! Uma coisa já sabia: casa própria é sinônimo de distinção! Na realidade, entre todos os bens, esse é um que causa muita inveja, mas ao mesmo tempo, estimula a que todos lutem e obtenham esse sonho, não é assim que funciona a perspectiva da propriedade privada? Não tinha nenhuma dúvida, a festa seria estupenda e estava demasiado feliz por isso!

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Aquele dia amanhecera lindo, o sol estava tão feliz quanto ele, tudo caminhava para que aquela comemoração fosse inesquecível. J.C. Filho acordou em estado de graça, não poderia ser diferente. Além de tudo, não podemos esqueceer, a festa era para apresentação de sua casa nova, a casa dos seus sonhos! Preparou tudo, arrumou as comidas e bebidas, tudo estava nos conformes, como se diz na gíria, quando percebeu que havia algo estranho. Estranho, não, inaceitável. Notou que nas proximidades, nas cercanias, de sua mais recente aquisição havia dois moradores de rua, aliás, deixemos de lado esse eufemismo, eram mendigos, sujos, esfarrapados e malcheirosos! Esse negócio de moradores de rua traz a falsa impressão que esses pobres miseráveis moram em algum lugar, ninguém mora na rua, quem está na rua, não tem morada, por mais que os politicamente corretos queiram mascarar!
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A imagem dos mendigos, no entorno de sua propriedade, causava em J.C. Filho ânsias de vômito. Por que eles escolheram logo ali para ficar? Tantos outros lugares, por que aquela escória resolvera estar nas proximidades do seu sonho? O que fazer? Lógico que esse o que fazer?, não tinha nenhuma relação com aquilo que Lênin pensava. O que desejava era que aquelas pessoas estivessem o mais distante possível. Pensou muito, mas não encontrou nenhuma solução para aquele problema e, para piorar, a hora da festa se aproximava! Eis que teve uma idéia genial, pelo menos para ele,Negrito para nós, diabólica e perversa, não permitiria que mendigos maltrapilhos estragassem sua festa!
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No intuito de realizar seu plano, foi até seu quarto, pegou sua espingarda de cano longo e mira telescópica e dirigiu-se para um espaço em que houvesse melhor visibilidade! Mirou longamente e com dois tiros certeiros J.C. Filho matou sem dó ou piedade os mendigos que sujavam a paisagem do seu paraíso...infelizmente, a única ficção aqui é a "história", já que o cidadão José Cândido Filho, 48 anos, brasileiro, economista, residente em Brasília (lembram do índio?), confessou, sem mostrar qualquer remorso, que abateu a tiros dois moradores de rua, em Janeiro desse ano, apenas, vejam bem, apenas porque se sentia incomodado com a presença dos dois perto de sua residência! Não sei porque me lembrei daquele poema de Manuel Bandeira, O bicho, neste, percebe-se a incredulidade do autor ao ver uma coisa chafurdando no lixo! Aquilo não era um rato, aquilo não era um gato, aquilo, pasmem, era um homem...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Solidariedade Socrática...

Há coisas que são significativas pela forma carinhosa como nos são oferecidas! Digo isso porque Lusimary de Gouvêa, conhecida popularmente como Mary Maria, leitora contumaz da revista Carta Capital, tem por hábito discutir comigo as matérias que lhe provocam, na revista em tela! Desta vez não foi diferente, como fiz referêrencia a Adriano, na postagem "Ronaldos", teve a gentileza de scanear e me enviar a temática desenvolvida essa semana pelo Dr. Sócrates Brasileiro, na sua coluna Penalti. Nesta, o ex-jogador é solidário com os sentimentos e as tristezas de Adriano, o imperador carioca, diz ele no título: "Não interessa a ninguém"! Fiquei tão sensibilizado com o texto que, em homenagem a Mary Maria, resolvi escrever algumas linhas sobre esse "carinho" fora de hora do "democrático corinthiano"! 
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Nosso articulista começa se usando como exemplo, o que não deixa de ser algo muito lindo! No seu caso, deixara de ganhar um milhão e meio de dólares americanos, de morar em Florença, de beber um dos melhores vinhos do mundo, o Chianti, mas não se detém aí, vai enumerando o que abandonara por saudade da sua terra natal. Queria ser feliz o que não estava conseguindo, mesmo tendo tudo isso à disposição, morando e jogando na Europa! Afirma que os mesmos que não entenderam sua atitude, são os mesmos que não conseguem entender a sublime atitude de Adriano (o sublime, aqui, fica por minha conta!). Há duas "frases" que não posso deixar de repetir pela perspicácia e leveza, a primeira delas: "temos de estar onde nos sentimos bem, com quem nos faz bem, envoltos em uma bruma que nos afague e acaricie e nos complete", filosófico, não? "Tudo que sei é que nada sei"! A outra é uma preciosidade, digna de um Nobel de literatura, diz ele: "Felicidade está no sorriso de uma criança, bem ou malvestida, sic, bem ou mal alimentada"! Isso não está parecendo com aquela conversa do doador de livros? Aquele que disse que ao invés de dinheiro, agora só daria livros para os famintos!
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Fico me perguntando se a criança malvestida, sic, desse democrático doutor se sente feliz ou esse ser ideal preferiria estar visitando os museus italianos e comendo tudo aquilo que ele, Sócrates, deixou para trás por saudade da pátria! Mas, convenhamos, ele está certo! Na realidade, não interessa a ninguém a vida ou os (des) caminhos de Adriano! Também acho que o negócio é ser feliz, Adriano deve ter o prazer de andar tranquilamente na favela em que nasceu!  Agora, é preciso que se diga que quem "chamou" as pessoas para dentro de sua vida foi ele mesmo! Quem permitiu a entrada em sua vida privada foi ele mesmo! Usemos três exemplos que são significativos, para ilustrar como acontece a invasão de privacidade. Quem foi que já viu foto de Marisa Monte numa praia deserta de biquíni no justo momento do click de algum paparrazi? Contudo não se pode dizer o mesmo de Ivete Sangalo ou da maior musa da contemporaneidade Suzana Vieira! É claro que a primeira das figuras citadas não admite, em hipótese alguma, a invasão de sua vida particular. Ninguém sabe se ela está grávida, ou se está trepando com esse ou aquele indivíduo, porém não podemos dizer o mesmo das outras duas celebridades! Mas voltemos às reflexões do filósofo corinthiano, observem que agudeza: "Não divaguemos pelo desconhecido da especulação maldosa e vil, numa tentativa de arrasar um ser humano só porque este tomou uma estrada que causa aversão a tantos, já que não lhes foi dado o prazer de conhecê-la. Somos poucos, mas ainda acreditamos que viver bem passa necessariamente pela felicidade que podemos conquistar." É ou não é uma solidariedade filosófica? Sabemos que não interessa a ninguém a decisão tomada por Adriano, mas para que isso se efetive, é preciso que o interessado (Adriano) deixe isso bem claro, ninguém invade sua privacidade, sob o risco de responder nos tribunais, se você não quiser! Bem, como neste "mundo" não existem ingênuos e depois de tudo o que aconteceu, fica muito claro que a forma escolhida por Adriano, deliberadamente, está mais para Suzana Vieira do que para Marisa Monte...  

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Ronaldos...

A história de Ronaldo Luís Nazário de Lima bem que poderia começar assim: era uma vez um menino muito pobre, nascido na cidade do Rio de Janeiro, que, devido às ciladas sociais, tinha tudo para virar ou estatística do narcotráfico ou ser colhido por uma bala perdida. Contudo havia no guri algo que o diferenciava das demais crianças que gravitam no seu entorno, o moleque tinha uma habilidade motora descomunal, e isso, num país cujo principal esporte é o futebol, deu ao menino o status de estrela! Neste caso, houve uma extrapolação de fronteiras e o moleque fez muito sucesso em outros lugares, ganhando com isso a alcunha de Fenômeno! Aconteceu com ele o que, de uns tempos para cá, cada vez mais cedo, vem acontecendo com a molecada que tem alguma habilidade no trato com a bola: foi jogar onde o dinheiro acenou com mais intensidade. É preciso que se diga que há uma meia verdade quando falo em alguma habilidade, já que um jogador como Afonso, aquele mesmo que foi convocado pelo Dunga, não está inserido entre os que têm alguma habilidade, mas você pode me perguntar: então, por que ele joga na Europa e fez parte da seleção naikiana, sic, brasileira? De forma simplória, diria: coisas do futebol business, mas o que não se pode esquecer é que ele não está entre os Ronaldos!
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Há um jogador brasileiro/português, cuja alcunha é Pepe, nascido nas Alagoas, porém já totalmente incorporado ao modo de vida europeu, que afirmou, de forma peremptória, que não vinha ao Brasil nem nas férias por temer a violência que viceja por aqui! O que se percebe pelas suas palavras é que, mesmo sendo considerado um não-português pelos portugueses, nega suas origens e pensa que é algo que nunca será, embora se sinta europeu. Pois é, o país de origem não serve nem para ser visitado, deve se perguntar: "para que expor minha família à pobreza e violência que compõem o cenário brasileiro?" Por outro lado, Adriano, alcunhado o Imperador, diferentemente de Pepe, resolveu (estranho, não?) que ia dar um tempo na carreira de jogador de futebol, cansou da pressão! Um dos motivos é que estava se sentindo infeliz na Itália! Talvez o mais absurdo é que enquanto Pepe teme a violência urbana que paira sobre nós, os pobres mortais sem habilidade alguma, que temos que viver sob o céu do Brasil, Adriano abriu mão do salário milionário e outras pequenas regalias que tinha na Europa, por achar que é mais feliz quando pode andar de bermuda e de sandálias, numa certa favela carioca! O que não posso deixar de dizer é que nem Adriano nem Pepe estão entre os Ronaldos! 
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O que se percebe é que o futebol mudou, e muito, para a tristeza daqueles que o viam como mera diversão, como uma grande brincadeira! Havia algo de mágico nas tardes de domingo, sem a mediação dos Faustões e Gugus da vida! Ao ganhar a condição de business, a magia desapareceu completamente! Nesta nova lógica, Há, inclusive, a sugestão de que os clubes tenham dono, como acontece na Itália, será que chegaremos a isso? Pelo andar da carruagem, é bem provável que sim! Como tudo passou a ser a toque de caixa, a qualidade despencou! O que em outros tempos não seria de bom tom, hoje é a marca registrada, não há entre os titulares da seleção (de Ricardo Teixeira) brasileira um jogador sequer que esteja atuando entre nós! Alguns babeiros são considerados jogadores de primeira linha! Em outros tempos, jamais se diria que Dentinho e Lulinha, do Corinthians, cujo tamanho do futebol já está em suas alcunhas, seriam craques! Somado a tudo isso, disseram que Ronaldo era um ex-jogador, o que concordo plenamente, não nos esqueçamos que antes da sua última contusão, era reserva no Milan, o que serviu de motivo para que ele mostrasse que não está morto, que gordo também tem "explosão", agora, fala a verdade, com um zagueiro como Rodrigo, do São Paulo, qualquer Dentinho é Ronaldo! Hoje, da "forma" que se encontra, Ronaldo não teria nenhuma chance de ser titular na Europa, o fato é que é um gordo que consegue se impor no meio da mediocridade que impera nos nossos gramados! Cabañas, outro gordinho, foi achincalhado antes de eliminar o Flamengo naquele jogo no Maracanã! Os lances contra o São Paulo que todos alardearam como fenomenal, sic, se fosse feito por um jogador sem nome, não teria o mesmo impacto! Cabañas não é Ronaldo, embora seja tão gordo quanto ele, aliás, no decadente futebol brasileiro, Dentinho e Lulinha jamais serão Ronaldo e Ronaldo já não está mais entre os Ronaldos...

sábado, 18 de abril de 2009

A gente também quer comer...

Costumo, de forma irônica, utilizar a expressão "teoria do beija-flor" quando percebo que alguém, ao fazer a sua parte no "incêndio florestal", mostra um sentimento de dever cumprido. Muitos a utilizam por conta do seu efeito sedativo, afinal, "todos" querem ir para o céu, e uma boa ação diária é a primeira das premissas, pelo menos é o que "eles" pensam! O resultado dessa boa ação é um "sorriso estampado na face de quem a recebeu". Temos aí a conclusão mais óbvia: "há algo mais belo que o riso agradecido no rosto de uma criança?" Exemplos temos aos borbotões, mas fiquemos com um que é emblemático: o "criança esperança", a maior filantropia com o dinheiro alheio já visto ao longo dos últimos anos, ligue e doe!
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Voltemos à "teoria do beija-flor", o momento mágico das boas ações, onde fazemos a nossa parte neste grande latifúndio de miseráveis. O que queremos é ficar com a consciência tranquila, para isso, ajudamos o próximo que está em condições insatisfatórias (perdoem-me pelo eufemismo), sim, porque não há nada mais humilhante do que ter que pedir, seja o que for, para sobreviver. Estou falando sobre isso, porque fiquei intrigado com a felicidade de Rodrigo Ratier, em texto escrito na Revista Escola, de abril, que teve como meta a ampliação do número de livros lidos por aqueles que, em tese, não têm esse hábito, por isso, a partir daquele momento, não mais daria dinheiro "aos pedintes, artista circenses e vendedores ambulantes que fazem do congestionamento da cidade de São Paulo seu ganha-pão." Distribuiria livros para aqueles que não poderia comprá-los, a ação nos leva quase que imediatamente ao "a gente não quer só comida". A música embalaria a leitura daqueles pobres desvalidos que têm fome! Parece que nem sempre precisamos de comida, livro, conhecimento é fundamental, embora saiba que para ler não basta saber ler! Leitura não se resume à simples decodificação de caracteres! Será que o ato de apenas entregar livros nos semáforos e adjacências pode alavancar um processo de leitura para além da simples decodificação de caracteres?
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Recusar-se  a dar outra coisa que não um livro pode fazer um bem danado para quem "pratica a ação", contudo não tenho certeza se a recíproca é verdadeira! Almoçava com minha filha, recentemente, quando no meio de uma "garfada", um garoto nos abordou e, sem meias palavras, pediu: "pague um almoço para mim!" Olhei para Manuela Cássia, que me devolveu um olhar que no momento não consegui decodificar o que queria me dizer! Naquele momento, ainda não tinha lido a crônica do doador de livros (quem sabe não tiraria um livro da pasta e entregaria ao garoto?), nem pensei na "teoria do beija-flor", ou que é fundamental não dar o peixe, mas ensinar a pescar. Não pensei em nada disso, naquele instante fugaz. Não titubeei e paguei a comida para o moleque! Sei que não resolvi, em nenhum momento, o problema dos famintos, sei bem que resvalei, e muito, na "teoria do beija-flor", mas naquela hora, não perdi de vista o que escreveram, aqueles alemães nascidos no século XIX, na Ideologia Alemã: "de modo nenhum se pode libertar os homens enquanto estes não estiverem em condições de adquirir comida e bebida, habitação e vestuário na qualidade e quantidade perfeitas.", pois é, para fazer História, a gente não quer só comida, mas a gente precisa comer...

sábado, 4 de abril de 2009

Falando de sexo...

Não, não, camaradas, a idéia não é falar de alguma terapia milagrosa ou sugerir algum manual de auto-ajuda! Na verdade, como a maioria das mulheres de meia idade, algumas nem tão "meia-idade" assim,  resolveu colocar suas "intimidades" em público, decidi que também ia aproveitar a onda, surfando nesta masturbação midiática que anda grassando no país de Lula! Claro! Digam-me, por favor, se existe algo que venda mais do que sexo? Até a igreja, implicitamente, patrocina filmes pornográficos! Quem é que não está interessado em saber com quem Suzana Vieira está transando agora? Vocês não? Até os moralistas, quando têm a certeza que não há ninguém por perto, metem os zoinhos na fechadura! A prova cabal é um programa tão ruim como o Big Brother Brasil ser exibido em horário nobre e ter audiência. O que  no fundo, no fundo as pessoas querem saber é quem vai dormir com quem e qual daquelas "gostosas", tão vazias, será a primeira a mostrar suas partes pudendas para deleite de todos, inclusive dos moralistas e dos falsos de plantão, na revista da Abril! Espera aí, não é sobre isso que estávamos conversando, o papo era/é sobre a vida sexual das celebridades! A conversa, na realidade, é sobre três mulheres famosas e seus apetites sexuais, para não dizer outra coisa! Portanto, vamos falar de sexo, sob o olhar de Xuxa Meneghel, Vera Fischer e, não poderia ser outra, a coroa mais "gostosa" da mídia, Suzana Vieira.
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Xuxa Meneghel, do alto dos seus quase cinquenta anos, disse algumas pérolas, nos últimos dias, que não passaram despercebidas! O fato é que em relação ao orgasmo, ela é uma privilegiada (mais um, dos muitos que ela tem, não é mesmo?), enquanto a grande maioria das mulheres sequer chega a "ele", a nossa heroína os tem aos montes! Os seus são múltiplos! Imagino o quanto muitas mulheres devem ter ficado com uma pontinha de inveja, já pensou, relações sexuais recheadas de muitos e muitos orgasmos? Uma pessoa de quem gosto muito, diria: "que delícia!" Nestes tempos de correria, em que a maioria das relações sexuais não passa de uma rapidinha, não nos esqueçamos que tem muito marmanjo por aí que é "precoce". Poder gozar intensamente não é para qualquer uma, mas como não estamos falando de qualquer uma, Xuxa pode! Contudo, a eterna "rainha dos baixinhos", não ficou só nisso! Afirmou também que acredita em duendes! Duendes?! Como pode alguém que tem múltiplos orgasmos acreditar em duende? Isso não é coisa de criança? Percebi logo depois o quanto sou tolo! Mas é lógico! Além de tudo, ela é muito inteligente, mesmo estando envelhecendo, consegue manter um pé no mercado dos baixinhos e o outro no dos altinhos, seria uma volta ao começo? Será que a qualquer momento teremos Xuxa nua no cinema?! Mas não ficou só nisso, brincou que lá no Rio Grande do Sul, "brigadeiro" (aquele docinho de chocolate) é neguinho, mas que todo mundo sabe, e muito bem, que ela gosta é de negão! Temos aí outra grande sacada da loura global, mata dois coelhos com uma cacetada só, atinge certeiramente o segmento dos black and dos white, Isso é que é visão mercadológica, viu como valeu à pena aquele romance com Pelé?!
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Vera Fischer foi extremamente comedida na sua afirmação, enquanto Xuxa tem orgasmos múltiplos, dissera que há dois anos não tem uma relação sexual, dois anos sem... "orgasmos"! Mas que desperdício! Diferentemente da, hoje, "rainha dos baixos e dos altos", ela nunca tentou esconder seu passado. Vera Fischer era atriz de pornochachada assumida e nunca negou, muito pelo contrário, para vê-la, bastava, apenas, ir ao Cine Jandaia, que ficava na Baixa dos Sapateiros, em Salvador/BA., que lá estava ela, sempre nua, sempre expondo seus maravilhosos dotes naturais! Agora quem diz sou eu: uma delícia! Todavia como tudo que é bom sempre acaba, veio a Rede Globo e a encheu de "panos". Transformando-a em atriz "séria", agora era ela Jocasta, a heroína de Mandala, novelinha freudiana das oito, com isso, o privilégio de vê-la nua ficou reservado a Felipe Camargo, embora tenha durado pouco!
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Suzana Vieira sempre foi considerada uma atriz de talento, diferente de Vera Fischer que estivera associada às pornochanchadas, nos acostumamos a vê-la nas novelinhas água com açúcar que cortam nossos dias! Já fora "Anjo Mau", na grade global. Não sou especialista, mas é possível que seja boa intérprete, afinal está nas telinhas prateadas há tanto tempo, certamente não é pelo mesmo motivo que Vera Fischer, isso eu não tenho dúvidas! Contudo o sexo saiu das quatros paredes em que estivera sempre confinado e passou a ser posto nos lugares mais visiveis, (lembram daquela música que dizia: "um tapinha não dói" e expunha outros "segredos" que os amantes só diziam na "horizontal"?). Esse negócio de atleta sexual, sempre fez parte do universo masculino, embora quase todos não passem de fanfarrões! Renato Gaucho está entre eles, o cara, diz ele, já levou mais de cinco mil mulheres para cama, oh, mundo das delícias, haja orgasmos! Mas uma pessoa como Xuxa ter múltiplos orgasmos e fazer questão de dizer, é algo novo! Por que alguém que comprou todas as revistas masculinas, em que estava nua, para que não víssemos suas partes escondidas, resolveu colocar seu gozo em destaque? A grande ironia é que Suzana Vieira resolveu transformar sua vida privada numa vil pornochanchada! Houve de tudo um pouco. Casamento de branco, na igreja, com um parceiro muito mais jovem que ela, tapas, beijos, traição e, por fim, a primeira separação que comoveu o "país inteiro"! Mais alguns atos: a reconciliação, nova traição e a morte de um dos amantes, é ou não é uma verdadeira ópera bufa? Sim, porque não é possível se levar a sério esse tipo de "espetáculo"! O certo é que a velha jovem senhora voltou à mídia para mostrar seu mais novo amor, tão ou mais jovem que o anterior! Como estamos vivendo o momento da exposição massiva da vida privada, em que é necessário mostrar-se jovem para sempre, em que a medida da jovialidade está ligada a quantidade de trepadas, é preciso dizer, mostrar, mais que anunciar, que o SEXO é parte integrante da vida, logo, Suzana Vieira é maior símbolo sexual contemporâneo, mostrando que é possível uma vida sexualmente ativa, expondo-a em todas as mídias, apesar da decrepidez...  

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Taxistas e Barbeiros...

Há dois profissionais que ajudam sobremaneira a ampliar a imagem de que o homem é chegado a contar vantagem: taxistas e barbeiros! Esses trabalhadores tendem, por uma característica muito peculiar dos seus ofícios, a utilizar a "conversa" como uma forma de "distrair" seus clientes. Usam desse artifício, dizem eles, para quebrar a monotonia da "corrida" ou do corte! De posse dessa desculpa, falam de tudo e mais um pouco! A vida dos outros, às vezes, a deles, torna-se o assunto da hora. Quando nos encontram pela primeira vez, parecem que são nossos amigos de longa data, mas quando nos conhecem, aí, camaradas, está tudo perdido, não há escapatória! São capazes de transformar um curto espaço de convivência em relação "afetiva" para todo o sempre!
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O taxista, dependendo do cliente, entabula uma conversa mais formal, mais relacionada com o percurso, gosta de falar das condições meteorológicas, aliás, esse é o assunto ideal para início de conversa, embora a política seja um assunto corriqueiro; futebol, então, nem se fala, ainda mais quando o passageiro torce para o mesmo time que ele! Quando isso não acontece, tergiversa, muda de assunto, diga aí, para que criar antipatias com alguém que pode vir a ser seu cliente no futuro? Talvez por estar de costas, por ter o movimento limitado, o taxista seja mais comedido, o cara tem que prestar atenção na estrada, sem contar que ainda existe a "fronteira" que o banco estabelece. Que fique bem claro, não estou dizendo que ele é menos fofoqueiro, mas possui algumas limitações que o impedem de ser mais incisivo! Foi na puberdade que tive a primeira impressão de quanto o taxista é chegado a contar vantagem, é claro que o assunto convergiu para a conquista amorosa. Contou-nos de uma conquista que tivera, numa de suas "corridas". Vangloriava-se porque a dita cuja, mulher de uma beleza descomunal, foi o que dissera, ao entrar no seu táxi, era a retidão em pessoa, contudo depois que usara seus dotes de Don Juan, não só deixara a fulana apaixonada, como a fizera viajar nua, nuazinha sentada no piso do carro, literalmente aos seus pés, para seu deleite! Aquele era seu momento de glória, e o que é fundamental para um contador de vantagem, com direito a platéia, pois no táxi estavam meu pai, meu tio, meu irmão e eu!
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O outro personagem, o barbeiro, não é muito de contar suas "vitórias", embora algumas vezes o faça, seu forte na verdade, é esmiuçar a vida dos outros, principalmente aquele barbeiro de bairro, aquele que conhece todo mundo. Sua profissão dependendo do dia, tende a deixá-lo na porta da barbearia a "observar" o movimento da rua! O sujeito não deixa passar nada. Conhece os "podres" de Fulano, Beltrano e Sicrano! Não tem jeito, bastou sentar na cadeira para começar a destilar seu "veneno", uma verdadeira saraivada de fuxicos de deixar qualquer um de cabelo em pé (neste caso, vale o trocadilho, sim). Não é fácil, adora falar de quem está sendo traído, quem é pinguço, quem é que um verdadeiro vagabundo! Parece mais detetive que outra coisa qualquer! Certa feita, queria cortar o cabelo, terminei entrando numa que deixara de frequentar por ter mudado de cidade. Quando o dito cujo me viu, fez-me algumas perguntas que parecia que éramos velhos amigos. Meio constrangido pela aparente familiaridade, dissera que estava morando em Florianópolis, evitei dizer porque para não aumentar mais ainda a curiosidade. Quem disse que adiantou. Insistiu, menti para encurtar a conversa. Foi pior. Começou dizendo que o irmão namorara uma manezinha, mas não parou por aí. Tinha provas e mostrou fotos que deveriam ser de acesso exclusivo dos amantes, mas que naquele momento tornara-se algo para "visitação pública". Eu me perguntava como sairia daquela enrascada. Naquele momento, o corte já fora interrompido, é óbvio, para que eu pudesse observar "melhor" as acrobacias sexuais do irmão do barbeiro! Não bastasse isso, para não perdermos o contato, ainda me pediu o número do telefone para de vez em quando batermos um papinho, nas suas horas vagas...