quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Ah, essas Mulheres II...

"Dizem que a mulher é sexo frágil, mas que mentira absurda. Eu que faço parte da rotina de uma delas, sei que a força está com elas, satisfaz meu ego se fazendo submissa, mas no fundo me enfeitiça." Estou na fila do supermercado, sintonizado numa rádio chamada Brasil Fm, ouvindo essa pérola dos anos 1980, composta e interpretada por Erasmo Carlos! Na verdade, ouvir homem falar de mulher é risível, se existe algo inescrutável, indecifrável, esse algo se chama Mulher, oh, dificuldade de entender essas criaturas! Porém cheguei a conclusão que um lugar-comum repetido por elas, é a mais pura das verdades: os homens são todos iguais! Somos óbvios, caricatos, inseguros, uns tolos, embora a grande maioria não assuma! Parafraseando Fernando Pessoa, pegamos todas, nunca apanhamos, chegamos ao absurdo de contar quantas passaram pelas nossas camas, vide Elton, Jogador do Corinthians, que já pegou mais de quinhentas! Renato Gaúcho também está neste time e outros menos famosos! Nunca vi ou ouvi em papo entre amigos que algum tenha levado corno ou ejaculado precocemente! Todos somos bons de cama! Existem alguns que conseguem dar cinco a dez em uma noite apenas, eu sei, a fisiologia não explica esses excessos, mas tem algo pior: eles acreditam!
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Se somos óbvios e patéticos, elas, por uma estranha ironia, têm o espírito materno elevado ao infinito quando o assunto são seus namorados e maridos, costumam ser mães dos seus parceiros, nem sei se percebem isso, querem que vistam a roupa que elas compram, usem os perfumes que elas presenteiam, e costumam se mostrar burras só para que seus parceiros não percebam que os burros são eles! Isso é tão verdade que eles acreditam que elas não estão entendendo nada! A natureza no aspecto sexual foi pródiga com as mulheres! Nós, os homens, não temos uma arma no sexo tão poderosa quanto elas! Não acredita? Qual é a maior insegurança do homem? Eles nunca sabem se elas conseguiram chegar ao orgasmo, é preciso que elas digam, não existe um sinal visível e palpável, como no nosso caso. Ah, meu camarada, como elas fingem! Tenha certeza que a sua já fingiu também e muito! Eu sei que você  não acredita em mim, afinal, você é o máximo, o verdadeiro Don Juan! E como acredita nisso! Existem os mais inseguros que perguntam se elas conseguiram assim que terminam de fazer ozadia! Agora me digam, caso esteja tudo bem com o casal, alguma mulher vai dizer ao seu parceiro amado e querido que foi horrível o sexo aquela noite e em outras também? Que não via a hora de tudo aquilo acabar? NUNCA! O espírito materno nestes momentos protege o homem não permitindo que sua autoestima saia pelo ralo! Homem não chora, é? Só se for à frente de outro homem para mostrar que é forte e destemido, como nos filmes de mocinho e bandido! Qualquer mulher já viu seu homem chorar,  eles choram e muito, principalmente, quando elas vão embora!
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Sei que algumas mulheres podem torcer o nariz para tudo o que disse até agora! Conheço algumas que dizem que não é bem assim! O mal é que por causa da nossa formação nas ciências humanas, negamos a biologia! Tudo bem! Que tal algo palpável? Tenho duas amigas queridas, uma já não vejo faz um bom tempo, a outra está mais próxima, o fato é que tudo o que disse acima, se encaixa como uma luva na história delas. Não quero com isso dizer que tenho dados empíricos e, com isso, afirmar que é/foi sempre assim. Não, não é sempre assim, não obstante, na maioria dos casos o comportamento é exatamente esse! Eliane, de tão lindos olhos, sensível, extremamente inteligente. Uma mulher belíssima, poderia namorar, casar, ficar, o diabo a quatro com qualquer sujeito, mas escolheu logo um brucutu de quatro costados. Quando estava longe do brucutu que achava que estava apaixonada, era criativa, inteligente, cheirosa, gostosa, uma delícia! Mas quando ele estava perto, não era a mesma pessoa, parecia uma idiota, fazia tudo para agradar e não deixar que o idiota percebesse que era ele o idiota. Para encurtar a conversa, precisou que o brucutu lhe acertasse um safanão no rosto, para que ela percebesse que aquilo que ela achava que amava só amava a si mesmo! Eliane saiu para vida, viu que o amor nada mais é que uma construção social, amamos quem queremos amar, simples assim! 
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Helena, a outra mulher dessa história, tive que esperar que passasse pelas suas cinco fases da dor para poder desabafar esses garranchos! Quando uma mulher é traída, recebe de "presente" a primeira fase, a raiva; nesse ínterim, é acometida de uma vontade incomensurável de esmagar quem está causando aquele sofrimento, produz muito radicais livres durante o processo. A traição tem o poder de fazer a pessoa passear pelos estágios da dor, diferentemente da morte em que se vai eliminando a fase a fase. A negação é a fase do, "não pode ser", "não acredito", para logo em seguida entrar na fase da barganha, tipo, "eu esqueço tudo, finjo que não fui enganada, em troca, volta para mim, por favor?" Como dificilmente o amado retorna, entra-se na fase mais perigosa, a depressão, não encontro um bom exemplo capaz de traduzir, mas geralmente, a dor é tão grande que, para amenizá-la, pula-se de volta para a fase um e recomeça todo o ciclo! Helena passou por esse sofrimento por longos e dolorosos meses! Ouvi seu choro, vi seu sofrimento, mas não existe nada que se possa fazer, isso não quer dizer que não tenha sentido vontade de matá-la quando percebia suas fases de barganha! Agora, Helena encontra-se na última das fases: a aceitação, dá seus primeiros passos em direção a novas experiências, sim, de todos os tipos, por que não? Quem sabe não encontra um sapo? Ela ainda não sabe que a melhor coisa que lhe aconteceu na vida foi ter sido traída, que ironia, não? Se livrar do peso morto que era o cara que achava que amava, do cara que levou nas costas como uma burra de carga por anos a fio, levantando sempre sua autoestima, entendia que era preciso fazer isso para que não desmoronasse, o coitado! Pois é, Helena ainda não sabe nada disso, mas vai descobrir, como já descobriu que quem morre sempre é o amor,  se é que em algum momento essa doce ilusão existiu... 

5 comentários:

Samieh Saleh disse...

Adorei o blog! Estou seguindo!
salehsamieh.blogspot.com

Helena disse...

E a vida segue em frente...
Em alguns momentos senti lágrimas de emoção por saber que tens sensibilidade e conheces os sentimentos profundos que atormentaram minha alma.

Manoel Gomes disse...

Parafraseando Chico Buarque, direi, mirem-se no exemplo de Helena...

Anônimo disse...

Caro Manoel...

Vc sempre profundo, pq essas coisas do coração tem q ser assim? Pq nós mulheres tememos tanto em aceitar a realidade dos fatos? Tô numa crise dessas, espero que passe logo.

Luanna Rodrigues.

Izabel Cristina disse...

Oi Mano, o texto ficou bom! e vou acatar a sugestão o exemplo de Helena deve ser seguido. Bjos