A vez primeira que meus olhos se viram no mar de Salvador, embora nem sintaxe e nem oração sejam inéditas, fui tomado por um sentimento de estupefação e medo, como algo poderia ser tão simples e simultaneamente tão complexo? Paradoxal, não? Que imaginação fora capaz de desenhar algo tão mais que perfeito! Essas e outras reminiscências se apossaram dos meus pensamentos justamente por estar todos os dias, em minha imaginação, a contemplar as águas azuis-esverdeadas que ricocheteiam as pedras que transformaram em morada os declives do Porto da Barra! Mas não posso esquecer de lembrar, ainda que não haja nada de original nem na sintaxe, nem na oração, o que um baiano insigne já dissera, o mar quando quebra na praia é bonito, é bonito! Simples tanto mar, mas complexo como as ondas de Caymmi...
Um comentário:
Quando eu morrer, quero que as minhas cinzas sejam espalhadas por Salvador. Um pouco no Pelourinho, outro tanto na Barra, no Campo Grande, Santo Antonio Além do Carmo, Catedral do Bom Fim, Rio Vermelho... um pouco em cada lugar por onde passei e que tanto me emocionei. Percebi, desde a primeira vez que cheguei a esta cidade, que há uma ligação muito grande entre mim e ela. Algo que transcende, que vai além da simples admiração. Nunca vou deixar de me emocionar, mesmo que eu aeja somente a cinza... meu espirito estará exultante!
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