1. "Deixe eu brincar de ser feliz, deixe eu pintar o meu nariz"... Festas de final de ano são muito parecidas, desde a roupa que pretendemos usar (já houve o "império do branco", mas como vivemos sob a égide de um modo de produção que transforma tudo em dinheiro, outras cores já começam a se insinuar) até o lugar que vamos esperar a "mudança",(quando era criança sofria horrores! Minha mãe não nos deixava dormir antes da meia-noite para que o ano velho não passasse por cima de nós!) não nos esqueçamos da tradicional reunião familiar que, às vezes, soa de uma hipocrisia assustadora! Some-se a tudo isso, uma necessidade tremenda de fazer um balanço dos nossos atos. Aquilo que se concretizou, aquilo que tinha tudo para dar certo e foi por água abaixo! "Mas no ano que vem, se Deus quiser, compro um carro novo!" Todo final de ano é assim: mais do mesmo! É a forma que encontramos para tornar as coisas mais tangíveis, mais palpáveis, ou seja, precisamos alimentar nossos sonhos, sem eles, nos tornamos bestas! Quando os fogos começam a espocar todos se abraçam, conhecidos e desconhecidos, unidos numa aldeia global, todos muito felizes, todos querendo que aquele minuto seja "eterno" que a felicidade dure o ano inteiro! "Prometo ser uma pessoa melhor no ano que vem!"
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2. Em tempos do leptop, já não se escreve mais a mão! Religiosamente, esse escriba faz uma versão manuscrita e só depois joga na máquina! Os que ainda se utilizam desse expediente são chamados de jurássicos, estão totalmente ultrapassados, dirão aqueles que se sentem na crista da onda, eta, expressão antiga, não?! O que essas pessoas não sabem, e vejo isso todos os dias, em sala de aula, é que paulatinamente estamos deixando de trabalhar a nossa coordenação motora fina que está associada intimamente à coordenação óculo manual, mas me digam com sinceridade: será isso tão importante?
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3. O que tinha em mente quando articulei o blog, e já disse isso, era criar um espaço de interlocução com as pessoas que estudavam o autor soviético Lev S. Vigotski, numa perspectiva diferente daquela que o associava ao construtivismo, ao famoso jargão "aprender a aprender", e com isso ampliar as possibilidades de estudos e pesquisas! O interessante é que no fundo no fundo, o que desejava era escrever, exercitar os neurônios, para não perder a embocadura! Acho que foi bem razoável o que escrevi neste 2007 que chega ao fim. Foram mais de 100 postagens, em que pude me divertir à beça. Tenho algo que devo acrescentar, você termina aprendendo a escrever! Certa feita, conversando com um amigo dileto, disse-lhe que os concursos e seleções que exigem que as pessoas escrevam são os mais interessantes, já que aqueles em que são pedidos os famosos "X", igualiza todo mundo, no sentido negativo, pois tanto aquele que sabe, como aquele que "chuta", e quando este chuta bem, termina se saindo melhor que aquele que estuda. Não tenha nem dúvida, ele é um franco-atirador, o que vier é lucro! Digo sempre que as famigeradas provas dos "X" promovem um "emburrecimento" avassalador!
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4. Bum! Bam! Zás! Escutemos, é 2008 que brada pedindo passagem! Já o esperávamos, sim, que ele venha com toda a sua ternura e bom humor! Estamos todos de branco, nossas camisas e blusas trazem uma inscrição, bem em cima do coração, daquilo que desejamos para o ano novo, não importa se, às vezes, sequer entendemos o que está escrito! Isso é de somenos importância. Sejamos sinceros: o que esperamos de dois mil e oito? O que queremos neste momento? Quais são os nossos pedidos mais prementes para ele? Seria menos corrupção? Mais empregos? Mais felicidade? Mais segurança? Mais alimento? Mais dinheiro no bolso? Mais saúde? Mais educação? Mais amor? Mais e mais, mas menos solidão de aeroporto...
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