Naquela noite, a menina virou-se para mim e disse: "Mano, isso sim é que é plenitude!" O "isso" a que ela se referia nada mais era que a imagem do céu tomado por miríades de estrelas, iluminando a noite de lua nova! Sim, não havia dúvida que aquele "isso", da menina dos olhos cor de avelã, deslumbraria até o mais insensível dos seres! Um verdadeiro encantamento sobre/sob os nossos olhos, era simplesmente lindo o espetáculo que a natureza nos proporcionava: o namoro celeste/estelar entre beijos e abraços libidinosos, ante nossas vistas, sem pudor algum!
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Nesta noite, passados tantos anos em que a menina se encantara com o namoro do céu com as estrelas, acordei na madrugada e da janela sem cortinas do meu quarto, contemplei o manto recobrindo o firmamento, e, por estranho capricho da natureza, eis que aquele espetáculo reaparece impactando, novamente, minhas pobres retinas cansadas, eram milhões de estrelas a namorar com o céu generoso, deixando meus olhos embriagados diante de tanta beleza, lágrimas teimavam em se mostrar sem que percebesse, chorava como uma criança e ME sentia um privilegiado por estar VIVO e não ter perdido a capacidade de me emocionar...
Um comentário:
Bem-aventuraddos aqueles que olham para o céu e ainda conseguem se emocionar com a beleza das estrelas!
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