Comecei a me preparar psicologicamente para enfrentar mais uma maratona aérea, como todo sujeito que teme viajar pelos céus. Temo? Que nada, tenho é verdadeiro pavor de "andar" nas alturas! Desta vez, a caminhada seria muito longa: Florianópolis, Curitiba, Salvador, Recife, João Pessoa e Salvador. Depois faria o movimento inverso, excluindo Recife e João Pessoa. Como moro em Florianópolis, sairia de ônibus, pernoitaria em Curitiba, aproveitando um pouco da noite deliciosa daquela cidade, já retratada em outros diários por aqui, sem deixar de visitar o Bar do Alemão, porque não fazer isso é como ir a Salvador e não se extasiar com uma partida do VITÓRIA no Barradão, o santuário rubro-negro!
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Em Navegantes surgiu o primeiro contratempo. Resolveram recapear a estrada justamente naquele dia; por isso, passei aperto, um engarrafamento monstro de quase duas horas, aquilo desanimaria a qualquer mortal, mas tudo bem, era o início do recesso acadêmico, nada iria alterar o meu bom humor, portanto, o negócio era relaxar! Perdi um tempo imenso, é fato, mas afora isso, cheguei são e salvo à capital do barreado, prato típico do lugar, uma "delícia"! Sem perda de tempo, entreguei-me aos excessos de Dionísio. A racionalidade, às vezes, é um problema. Mesmo estando em estado de graça, não conseguia esquecer que se não tomasse cuidado, poderia perder o avião, depois de uma noitada regada à birita e petiscos, que é um "tira-gosto" metido a besta! Não se pode esquecer que ressaca nunca manda recado, mas, de quando em vez, nos brinda com uma "deliciosa" dor de cabeça ou você não acredita?!
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Para minha alegria, acordei no horário, fiz o desjejum, humm, e caí na estrada, posso dizer que o percurso até o aeroporto transcorreu sem qualquer aborrecimento; naquele momento, meu estado de espírito era igual ao daquele sujeito que cai do 30º andar e, ao passar pelo 10º, grita: "por enquanto, tudo bem!" Porém tinha me esquecido que tem coisas que só acontecem com time do Botafogo e comigo, embora acreditasse que depois do engarrafamento, nada mais poderia me incomodar, ledo engano! Estou cheio de graça na fila para fazer o check-in quando mais que de repente me aparece aquele funcionário cheio de boas intenções e de chofre me pergunta: "qual é o horário do seu vôo, senhor?!" Digo-lhe meu destino e para minha surpresa, vai logo respondendo: "Pelo que sei, não há esse itinerário aos sábados!" Mas não ficou só nisso, ainda teve a petulância de me perguntar se tinha certeza que o avião estava marcado para aquela data mesmo ou se eu não tinha me enganado?! Ora, como eu iria sair de Florianópolis sem ter verificado o horário de embarque e coisas afins? Na verdade, o que me irritou foi a insistência de ele desejar provar, para ele e para mim, que eu tinha me equivocado! Para minha infelicidade, não levei o documento (mas não é isso que nos mandam fazer?) em que a empresa aérea indicava detalhadamente meu itinerário, imaginem o quanto cresceu o caminho entre a fila do check-in e o balcão onde o dito funcionário me encaminhou para verificação! Àquela altura, já começava a achar que tinha me enganado, afinal, o sujeito fora tão categórico: "não havia vôos daquela cia para Recife naquele dia." Como me arrependi de não ter levado o tal do e-mail que esclarecia todo aquele bolodório. Quem mandou segui à risca o que eles mandam? Na mensagem dizia que não havia necessidade de levar "aquele" pedaço de papel para o balcão de embarque, eles disseram, bastava um documento de identidade!
Para minha alegria, acordei no horário, fiz o desjejum, humm, e caí na estrada, posso dizer que o percurso até o aeroporto transcorreu sem qualquer aborrecimento; naquele momento, meu estado de espírito era igual ao daquele sujeito que cai do 30º andar e, ao passar pelo 10º, grita: "por enquanto, tudo bem!" Porém tinha me esquecido que tem coisas que só acontecem com time do Botafogo e comigo, embora acreditasse que depois do engarrafamento, nada mais poderia me incomodar, ledo engano! Estou cheio de graça na fila para fazer o check-in quando mais que de repente me aparece aquele funcionário cheio de boas intenções e de chofre me pergunta: "qual é o horário do seu vôo, senhor?!" Digo-lhe meu destino e para minha surpresa, vai logo respondendo: "Pelo que sei, não há esse itinerário aos sábados!" Mas não ficou só nisso, ainda teve a petulância de me perguntar se tinha certeza que o avião estava marcado para aquela data mesmo ou se eu não tinha me enganado?! Ora, como eu iria sair de Florianópolis sem ter verificado o horário de embarque e coisas afins? Na verdade, o que me irritou foi a insistência de ele desejar provar, para ele e para mim, que eu tinha me equivocado! Para minha infelicidade, não levei o documento (mas não é isso que nos mandam fazer?) em que a empresa aérea indicava detalhadamente meu itinerário, imaginem o quanto cresceu o caminho entre a fila do check-in e o balcão onde o dito funcionário me encaminhou para verificação! Àquela altura, já começava a achar que tinha me enganado, afinal, o sujeito fora tão categórico: "não havia vôos daquela cia para Recife naquele dia." Como me arrependi de não ter levado o tal do e-mail que esclarecia todo aquele bolodório. Quem mandou segui à risca o que eles mandam? Na mensagem dizia que não havia necessidade de levar "aquele" pedaço de papel para o balcão de embarque, eles disseram, bastava um documento de identidade!
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Quando cheguei ao balcão, lá do outro lado da fila, já não tinha mais certeza que um dia antes tinha recebido um telefonema dizendo que o vôo tinha sido alterado de 12:15 para as 11:00 porque o avião passaria por serviço de manutenção! "Será que eu não tinha ouvido e lido errado?" Era o que passava pela minha cabeça naquela via sacra! Mas não é que eu estava certo, o curioso é que o funcionário terrorista também estivesse! Estranho, não lhes parece? Não havia vôo aos sábados, mas o que ele não sabia, a empresa não lhe dissera, é que tinha vendido passagem para aquele dia, excepcionalmente, todavia por causa da tal manutenção, eu iria por outra empresa! Contudo o tormento ainda não acabara! Ao invés de viajar às 11:00 como estava previsto, mudaram a passagem para as 17:00, pelo menos seria para o mesmo dia. Eu que deveria chegar no Recife às 18:55, só aterrissaria às 22:00, é, e ainda dizem que no Nordeste que tem sorte é cagado!
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A permanência no Recife é melhor nem lembrar. Na esteira de bagagem, por ironia, havia outra mala muito parecida com a minha. De repente vejo um sujeito com minha mala na mão e eu gritando a plenos pulmões, do outro lado: "essa mala é minha, mermão!" Será que podia ser pior? Peço um hotel perto da rodoviária. Logo me avisam: "não há" Como é possível não haver? Pois é, no Recife não existe hotel perto da rodoviária, não é esquisito? Um taxista me levou para o Hotel Coral que eu não consegui perceber se havia mais mofo ou quarto! E o pior é que o infeliz era mais que mais caro que o Ibis, pode? Disse para mim mesmo: "É só uma noite, daqui a algumas horas você estará em João Pessoa!" Avisaram-me que tinha ônibus de hora em hora entre Recife e João Pessoa, o que esqueceram de me dizer é que aos domingos isso não acontecia. E eu escolhera o ônibus justamente para facilitar a minha vida, para que ir de avião se você pode ir de ônibus? Porque para mim, em se tratando de avião, quem tem, tem medo! Minha esperança é que com o avanço tecnológico vai chegar o momento em que o avião será um transporte como outro qualquer e nós, os que se sentem levemente incomodados quanto estamos no seu interior, para aliviar a tensão, vamos dizer ao piloto de forma categórica e sem sotaque: "Senhor comandante, por favor, pare o avião no próximo ponto, sim?" É, quando for assim, será uma dádiva para mim, meu amigo Lauro Xavier Neto, Manuela Cassia e outros, viajar de avião vai ser uma delícia...
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