Não é verdade que tem coisas que só acontecem com o Botafogo! Saibam que viver numa ilha, sendo filho de uma terra como a Bahia, não é algo fácil! Logo que aqui cheguei tive que superar um frio de rachar, de rachar, não, de enrugar! Suportar 4 graus, para quem veio de uma cidade cujas temperaturas chegam a mais de 40, convenhamos, não é pouca coisa! É fato que sou uma pessoa friorenta, já senti frio com o termômetro marcando 28 graus, e olha que não estava doente ou qualquer coisa que o valha, inclusive tenho testemunhas oculares que podem provar o que estou dizendo! Pensei que depois do frio não houvesse mais nada que pudesse me tirar do sério por essas plagas, ledo engano, na verdade, há mais coisas entre o céu e a terra de uma ilha do que supõe a nossa vã filosofia, essa alegação não é do Shakespeare?
.
Houve um evento numa cidade próxima, Tubarão, bem, o próxima fica por minha conta. Imaginei que em apenas uma hora chegasse ao local, que nada, tive que adicionar mais 75 minutos ao trajeto! Pensei em comprar a passagem de volta logo que cheguei, mas como não tinha certeza da hora que terminaria o seminário, deixei para mais tarde! "Tudo bem, então?" Perguntei-me. Quem disse? Não foi fácil encontrar o espaço onde estavam os outros participantes! Depois de um longo e tenebroso inverno, acabou o sofrimento! O seminário se desenrolou normalmente, sendo concluído sem nenhum contratempo no horário previsto, ufa, já não era sem tempo! Quer dizer, tinha que pensar no retorno a Florianópolis, para minha surpresa, havia três possibilidades! Dois automóveis e mais a linha regular de ônibus! Digam-me, aí, como decidir numa situação como essa? Carro ou ônibus? Ser ou não ser, eis a questão! Opa, outra vez o bardo inglês?
.
Vocês já devem ter adivinhado que optei pelo automóvel, claro! Já pensaram o que diriam desse sortudo se resolvo voltar de coletivo? A viagem foi muito tranqüila, o camarada que me trouxe era super gente fina! Não poderia ser melhor, eu disse não poderia?! Na realidade, o problema começou quando chegamos à estrada que dá acesso a Florianópolis! Ele me disse como encontrar um coletivo para chegar ao centro da cidade. Andei, andei, andei, ufa, terminei chegando a um ponto de ônibus! A informação que me deram: "ande por toda a vida, quando chegar em uma placa azul, pode esperar que dali a cinco minutos vai passar um ônibus para Kobrasol, você conhece a cor azul, não conhece?" Agradeci pela informação, não sem antes afirmar que conhecia a cor azul!
.
Notei que por essas bandas, há uns nomes de bairros bastante interessantes. Campeche, Saco Grande, Saco dos Limões, Cacupé e Kobrasol são alguns! Bom, bastou chegar ao ponto de parada que o tal do Kobrasol apareceu! Viva, não é que o informante sabia das coisas?! Parece que as coisas só acontecem mesmo com o Botafogo! Minha sorte estava realmente mudando, depois de alguns "pequenos" imprevistos estava voltando para casa. Contudo notei que havia algo estranho. Depois que entrei no coletivo, as pessoas só desciam! A cada ponto de parada só uma porta se abria! Pensei cá comigo, nunca, em tempo algum, um ônibus conclui sua jornada no centro da cidade, mas por que justamente aquele faria isso? Fiquei muito mais encabulado quando, sem quê nem para quê, a cobradora se foi, deixando sua cadeira completamente vazia! Que coisa estranha, não? Quando dei por mim, e não estou falando da poesia de Flávio Venturini, só restavam eu e o motorista, que foi logo me avisando: "aqui é o ponto final" "Final, como assim?" "Mandaram-me pegar Kobrasol para chegar ao centro de Florianópolis" No que ele retrucou: "era Kobrasol Expresso!" Quase, como o fez Chico Buarque, chamei o meu informante, não de filho da santa, mas sim de filho da outra! Resolvi deixar para lá, para que me estressar mais ainda? Por fim, dois coletivos depois, cheguei a casa totalmente exausto, pois ainda tive que esperar pelo coletivo Volta ao Morro Carvoeira! Fala a verdade, não seria bem melhor ter voltado de Tubarão de ônibus?...
12 comentários:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Não se esqueça que você é um cara de sorte. E muito educado, porque "filho da outra" é muito pouco para chamar esse informante. Coisas da esplêndida Ilha de Florianópolis...
Mas poderia ser pior. Afinal, deu tudo certo!!!!!!!
bjosssssssssssssssss
Talvez tivesse sido melhor mesmo! Como Manuela Cassia disse, poderia ter sido pior! kkkkkkkkkkkkkk A greve dos ônibus poderia não ter acabado! Já pensou????
Beijos
Tuca, ainda bem que você não me deixa esquecer o quão eu sou sortudo e tem mais, que essa sorte é genética, afinal, quando vejo seus projetos se realizarem sem dor ou sofrimento, eu digo, ainda bem que o presente do pai não foi de grego, rsrsrsrsrs, ah, como é bem provável que venha mais vezes a essa bela cidade, saiba que ela faz parte da Ilha de Santa Catarina, tem manezinho que fica injuriado se você fala em ilha de Florianópolis, rsr,srsrsrs
Mary, eu só queria agradecer pela solidariedade, viu? Dois beijosssss
Sem brincadeira agora! Sempre pode contar comigo, viu? Em Jequié, Salvador, São José, Florianópolis, Arari ou Nova Iorque...
Grande prof... vc é realmente um ara de sorte, n tenho dúvida,rsrs... Acho q o vitória precisa de um pouco desta sorte,rsrs. Abraço
Wagner,quer dizer que tenho sorte, não é? E ainda aproveita para sacanear meu time? Para quem Ganhou do Asa de Arapiraca nas penalidades, até fomos longe! Agora tem time por aí que passou de fase na libertadores sem jogar, pode?...grande abraço, mermão!
Muito interessante sua aventural urbana...kkkk
http://alterego-persona.blogspot.com/
Valeu, meu camarada, bom te ver por aqui...vou-te fazer umas visitas,rs, grande abraço!!
Como eu coloco esse relógio e visitas on-line no blog? Mano dira dúvidas...kkk
ta vendo?
tentou cair nas marras do individual para chegar logo, acabou sentindo falta da coletividade!
rsrsrrsrsrrsrrsrsrsrs
Postar um comentário