Um especialista em formação profissional falava na TV Câmara e eu tentava compreender seus argumentos! Era uma dessas muitas comissões que pululam na Câmara dos Deputados. Dizia ele que há um desperdício na oferta de sujeitos com nível superior no Brasil. A oferta de cursos como Medicina e Enfermagem é absurda! Em relação ao número de Escolas de Direito, superamos muitos países cuja economia são muito mais fortes que a nossa! A exposição trazia muitos, mas muitos gráficos repletos de percentuais para cada uma das profissões que mais atraem às pessoas! Desses percentuais, não sei explicar o motivo, um me atraiu deveras por achar demasiado grandioso. Em meio a todas aquelas profissões, a engenharia trazia um percentual assombroso: apenas 35% dos engenheiros formados no Brasil, dizia o especialista, estão trabalhando na sua área de atuação! Quase que de imediato uma dúvida me acorreu: onde será que trabalham os "engenheiros " do Brasil?!
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Trazendo para a nossa seara, existem na Educação Física diversas subdivisões que não se intercomunicam! Uma aponta para os estudos voltados para a área da Educação; outra, com os estudos do Lazer, uma terceira vai gravitar na área da Atividade Física e Promoção da Saúde e há, ainda, aquela que vai trabalhar apenas com o esporte! Já houve tempo em que todos pensavam em ter uma academia de ginástica! Era lugar comum, os indivíduos ou queriam ter ou trabalhar nesse espaço de atuação profissional. Uma estudante recém ingressa perguntara se o curso que ela havia sido aprovada lhe garantiria um emprego num desses espaços; obteve como resposta que nenhuma profissão poderia garantir isso, nenhuma! Aborrecida, abandonou o curso, foi tentar outra coisa! As pessoas entram na universidade com a imagem que lhes é apresentada pelo mercado, são altamente estimuladas: seja isso, faça aquilo! Afinal, sob a égide do capitalismo "querer é poder"! Com o número de Escolas de Educação Física no Brasil, é bem provável que estejamos beirando ao percentual dos engenheiros, quiçá maior! Para se ter uma idéia, havia na Bahia até 1988, ano de de ingresso da primeira turma da Universidade Federal da Bahia, apenas um curso, o da Universidade Católica do Salvador. Hoje, no Estado, temos mais de vinte cursos, ou seja, um curso foi se "estruturando" a cada ano nos últimos vinte anos; uma pergunta pode ser feita neste momento: para onde estão indo os professores formados por todos esses cursos?!
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Quem já não ouviu pais conversando e não percebeu o orgulho quando falam o que o filho está fazendo Medicina ou Direito? Mesmo que o curso seja lá no Sul do mundo, há uma euforia desmedida!Quando comecei a trabalhar em uma escola de Jequié, em 1999, uma dúvida atroz me acompanhava. Sempre quisera saber para onde iam todos aqueles jovens que saíam do ensino médio a cada ano, já que grande parte deles, ou seja, a sua grande maioria, não conseguia entrar na universidade? O jovem acaba subempregado! Com as especializações sugeridas pela divisão social do trabalho e também pela "anarquia" do modo de produção capitalista, termina-se produzindo e elaborando coisas que tenham valor de troca em detrimento ao valor de uso. O fato é que já é perceptível que muitas profissões estão totalmente saturadas, é o caso do Direito. Embora dizendo outra coisa, a Ordem resolveu dificultar a vida dos recém-formados! O que não deixa de ser curioso! O sujeito se forma se perder a seleção da ordem, é advogado, mas não é advogado, não é paradoxal? O dito é que há muitos cursos de direito sem qualidade. É bem provável que seja assim, mas mesmo que todos fossem muito bons, ainda assim, não haveria espaço para tantos rábulas! Essa "Seleção Natural" do Direito, logo, logo, vai chegar àquelas profissões que sofrem do mesmo mal, isto é, têm grande impacto social, mas economicamente já não rendem tanto como rendiam, caso da Medicina, Arquitetura, Engenharia, entre outras, contudo a cada ano esses profissionais são despejados aos montes no mercado, infelizmente, para eles, já não têm mais o valor de troca que tinham...
Quem já não ouviu pais conversando e não percebeu o orgulho quando falam o que o filho está fazendo Medicina ou Direito? Mesmo que o curso seja lá no Sul do mundo, há uma euforia desmedida!Quando comecei a trabalhar em uma escola de Jequié, em 1999, uma dúvida atroz me acompanhava. Sempre quisera saber para onde iam todos aqueles jovens que saíam do ensino médio a cada ano, já que grande parte deles, ou seja, a sua grande maioria, não conseguia entrar na universidade? O jovem acaba subempregado! Com as especializações sugeridas pela divisão social do trabalho e também pela "anarquia" do modo de produção capitalista, termina-se produzindo e elaborando coisas que tenham valor de troca em detrimento ao valor de uso. O fato é que já é perceptível que muitas profissões estão totalmente saturadas, é o caso do Direito. Embora dizendo outra coisa, a Ordem resolveu dificultar a vida dos recém-formados! O que não deixa de ser curioso! O sujeito se forma se perder a seleção da ordem, é advogado, mas não é advogado, não é paradoxal? O dito é que há muitos cursos de direito sem qualidade. É bem provável que seja assim, mas mesmo que todos fossem muito bons, ainda assim, não haveria espaço para tantos rábulas! Essa "Seleção Natural" do Direito, logo, logo, vai chegar àquelas profissões que sofrem do mesmo mal, isto é, têm grande impacto social, mas economicamente já não rendem tanto como rendiam, caso da Medicina, Arquitetura, Engenharia, entre outras, contudo a cada ano esses profissionais são despejados aos montes no mercado, infelizmente, para eles, já não têm mais o valor de troca que tinham...
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