A velocidade das coisas têm nos deixado estupidificados! Sem a inserção de um "chip" em nossas cabeças, não somos capazes de acompanhar a sofreguidão temporal a que estamos imersos, inaptos para a exatidão e rapidez das pequenas calculadoras! Com o perigo de me tornar repetitivo, volto a dizer que o "tempo dos homens rápidos" criou para nós uma grande armadilha. São tantos os estímulos e como não podemos dar conta de tudo, ficamos como um macaco louco pulando de um galho para o outro, na tentativa de estarmos "linkados" com tudo o que nos é oferecido. No que se refere às produções culturais também é verdadeira a recíproca! Neste sentido, algumas delas, como: a música, o teatro, o cinema e tantas outras que gravitam em nossas vidas podem/poderiam ter um papel importante na superação dessa armadilha ou é só reafirmar o que todos já sabemos? Um grande jornal durante a semana vende cerca de 200 mil exemplares ao dia! É muito "papel"! No final de semana esse número pode chegar a 500 mil exemplares! Quem são esses milhões de leitores que "consomem" essa mídia? O que buscam com essa leitura? No tempo da velocidade, muitas coisas nos são oferecidas com o intuito de aplacar o vazio que nos consome cotidianamente. Para onde ir? Quem está no jornal, no cinema, na literatura, no teatro, nas artes plásticas deve pensar essas manifestações a partir de quê? No final deve prevalecer a busca por uma estética de superação ou fazer o comezinho, o óbvio, o fácil de ser consumido, para que possa ser compreendido? Devemos buscar um sentido para o que fazemos ou devemos seguir a rotina dos dias? Caímos indissoluvelmente numa tautologia ou pode-se esperar que alguém se arrisque e algo novo e sofisticado apareça? A questão é: vale à pena arriscar? O exemplo serve para qualquer manifestação cultural. Encontra-se um modelo e repete, repete ad nauseam, neste mundo, onde já se disse, que "toda revolução estética é verba", sem dinheiro não há como experimentar e consequentemente sair do lugar comum!, "os precursores 'dançam'!"Você tem que diminuir sua expectativa enquanto criador em relação a quem você se dirige, isso levando em consideração que existe o objetivo de agradar a um número imenso pessoas! É triste ouvir que a busca por algo que ultrapasse o lugar-comum, que seja sofisticado vai perder sempre...
Nenhum comentário:
Postar um comentário